APL presta homenagem póstuma a Celso Barros

A memória do acadêmico, jurista e professor Celso Barros Coelho foi reverenciada, neste sábado (19/11), pela Academia Piauiense de Letras (APL), onde ele ocupou a Cadeira 39, sendo o presidente da entidade no período de 1998 a 2000.

O panegírico de Celso Barros Coelho, falecido em 10 de julho passado, aos 101 anos de idade, foi realizado em sessão da Academia instalada no auditório da Nova ESA (Escola Superior de Advocacia), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Piauí.

O orador da sessão, presidida pelo acadêmico Zózimo Tavares, foi o escritor e acadêmico Oton Lustosa, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Piauí.

Ele discorreu sobre a vida e a trajetória profissional do homenageado, começando pela sua infância pobre, no interior do Piauí; a passagem pelo seminário e o ingresso no magistério, como professor de português, francês, grego e latim; até alcançar posições de destaque como jurista, docente universitário, político e intelectual.

“Na advocacia foi um gigante. Já ouviram os senhores e as senhoras que ele, ainda jovem advogado, notabilizou-se pelas defesas no júri que fez Piauí afora”, destacou o orador.

Na política

Oton Lustosa lembrou também a cassação de seu mandato de deputado estadual pelo regime militar de 1964 e seu retorno à atividade política, dez anos depois, como deputado federal.

“No exercício de seus mandatos eletivos, na Câmara dos Deputados, revelou-se um parlamentar operoso, combativo, requisitado pelo parlamento para o debate dos temas mais complexos da República. Integrou a Comissão de Constituição e Justiça, o colegiado mais expressivo da Câmara Federal. Mercê de sua condição de jurista, dotado de invejável preparo intelectual, foi-lhe confiada uma subrrelatoria do projeto de lei do maior estatuto de Direito Privado de nosso País, o Código Civil Brasileiro, cabendo-lhe a parte correspondente ao Direito das Sucessões”, destacou.

Na Academia

O orador observou que Celso Barros tinha relação de afetividade com a Academia Piauiense de Letras; a ela se referia com ufanismo e bem-querer. Era frequentador assíduo das sessões ordinárias aos sábados, e nas sessões solenes, muitíssimas foram as vezes em que a ele coube representar o sodalício, proferindo palestras, conferências ou discursos de recepção a acadêmicos neófitos ou de saudação a visitantes ilustres. Sobre ela escreveu vários artigos, destacando-se um substancioso ensaio histórico que publicou em 1992, por ocasião dos 75 anos de fundação da referida Casa de Letras.

Também produziu uma variada bibliografia, de que são referência obras como Homens de ideias e de ação, Perfis paralelos, Confronto de ideias, Política: tempo e memória, Memórias de Pastos Bons, Tempo e memória: Pastos Bons, Crônicas e perfis.

Agradecimento

O presidente da OAB-PI, Celso Barros Coelho Neto, falou em nome da família, agradecendo a homenagem da Academia.

Em discurso de improviso, lembrou momentos alegres e emocionantes da convivência com o avô.

À sessão estiveram presentes, além de acadêmicos, advogados e outros convidados, como o reitor da Universidade Federal do Piauí, Gildásio Guedes; o secretário municipal de Educação, Nouga Cardoso, representando o prefeito de Teresina; ex-senador Elmano Férrer e o ex-deputado federal Jesus Tajra, eleito para a Cadeira 39 da APL.

Estiveram presentes também a viúva de Celso Barros, dona Antônia Campelo, e sua filha Karine Barros.

A Academia Campomaiorense de Letras e Artes foi representada pelo acadêmico Ernani Napoleão e a Academia de Letras da Região Valenciana pelo seu presidente, Paiva Igreja.

A sessão foi transmitida simultaneamente pelos canais da OAB-PI e da APL no YouTube. Veja aqui:

Imagens: Jairo Moura/APL

Flagrantes da Expedição da APL a Pedro II

Elmar Carvalho (*)

Conheci a imperial cidade de Pedro II no final dos anos 1970, em plena juventude, numa viagem meio intempestiva e aventureira, que fiz de motocicleta, quando morava em Parnaíba. Ela era, então, uma linda e pequena urbe, bucólica e aprazível, de clima ameno, com um acanhado comércio. Com os seus casarões solarengos, ainda bem preservados, no entorno da Praça da Matriz, parecia uma cidade extraída de uma pintura magnífica.

Agora, passados mais de quarenta anos, me surpreendeu a pujança de seu comércio, inclusive com ampliações de imóveis e novas construções, ao longo de uma larga e bela avenida. Dez anos atrás, a revi novamente. Durante este decênio notei que ela cresceu muito. Perguntei a algumas pessoas a que atribuíam esse rápido progresso.

O notável economista Felipe Mendes me disse ser uma das causas o repasse de verbas federais, sobretudo a partir do governo FHC. Troquei ideias a respeito com o confrade Reginaldo Miranda, e chego à conclusão que outras causas devem ter contribuído, entre as quais: peculiaridades e atrativos locais, que atraíram o turismo, atividades agropecuárias, hortifrutigranjeiros, artesanato, extração e comercialização de opala etc. Deixo a palavra final com os economistas e estudiosos do assunto.  

À noite de sexta-feira, dia 10, dentro da meta de interiorização da Academia Piauiense de Letras – APL, houve a solenidade de nossa entidade, em parceria com a Prefeitura e a Academia Pedro-Segundense de Letras e Artes – APLA, ocorrida no Memorial Tertuliano Brandão Filho. Compuseram a mesa de honra Zózimo Tavares, presidente da APL, prefeita Elisabete Brandão, deputado Wilson Nunes Brandão, Pedro Barros, presidente da APLA, professora Fides Angélica, secretária geral da APL, Socorro Rios Magalhães, Viriato Campelo, vice-reitor da UFPI, Des. Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho, presidente da Academia de Letras da Magistratura Piauiense, e Carlos José de Oliveira Santos, presidente da Câmara Municipal de Pedro II. Fonseca Neto, na qualidade de 1º secretário da APL, proclamou em alto e bom som as efemérides da Academia.

A professora Socorro Rios Magalhães fez uma excelente palestra, sobre o tema “Literatura Piauiense: Formação do Sistema Literário Estadual”, em que discorreu sobre os primórdios de nossa literatura, com as manifestações isoladas de escritores e poetas, como Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, Leonardo de Carvalho Castelo Branco e José Coriolano de Souza Lima, até a formação de nosso sistema, com a existência do trinômio autor, obra e leitor. Em sua palestra de recepção à APL, o acadêmico (da APLA e da APL) Wilson Brandão abordou importantes fatos da história de Pedro II, bem como citou as mais ilustres figuras históricas do município, em diferentes campos de atividade, entre as quais Wilson Andrade Brandão, seu pai, que foi presidente da APL, jurista, historiador, autor de vários livros, professor da UFPI, secretário de Estado da Cultura e deputado estadual em vários mandatos.

Após a solenidade, participamos de um farto banquete na residência do casal Elisabete e Wilson Brandão, em que houve animado sarau poético-musical. Comidas e bebidas saborosas e variadas, houve à vontade. Logo à entrada, o confrade Plínio Macedo destacou que fomos “recebidos literalmente com um tapete vermelho”. Depois, pude notar que não fora apenas um “literal tapete vermelho”, mas também um metafórico tapete vermelho, pela fidalguia como fomos tratados e acolhidos. Sentei-me perto de Valério Carvalho, que já conhecia de vista, e do Raimundo Nunes, casado com Lourdes Amélia, irmã de nosso anfitrião.

Entabulei com os dois “vizinhos” uma profícua conversa sobre genealogia piauiense e sobre figuras ilustres de Floriano, terra natal de Valério. Logo que cheguei, este se interessou em folhear o meu minúsculo opúsculo “O Poeta e seu Labirinto”, uma seleta de apenas 21 poemas de minha autoria. Disse-lhe que não precisava ler os poemas, mas apenas o ensaio, nele contido, sobre a minha poesia, da lavra do professor Carlos Evandro Martins Eulálio. Tive a honra de autografá-lo ao Valério, que no dia seguinte me deu a auspiciosa notícia de que sua esposa, a médica Luciana, o havia lido na íntegra.

No sábado, cedo, fomos visitar o Mirante do Gritador. Passamos por três importantes povoados, que já começam a formar uma conurbação entre si e a cidade de Pedro II. Do mirante vimos uma deslumbrante paisagem, cercando um pequeno grupo de casas e um balneário. Em certo ponto do mirante, parece que o vento passa por uma espécie de boqueirão, e faz com que objetos leves levitem e não caiam no despenhadeiro.

O poeta Ernâni Getirana foi escalado para fazer uma breve palestra sobre a geografia e geologia do entorno. Ele nos explicou que ali, outrora, existira um mar. Acredita-se que o mesmo cataclismo que formou a serra da Ibiapaba, teve como consequência a formação do Morro do Gritador e teria escorraçado a água para a região de Luís Correia. Falou das lendas locais e do episódio que teria dado origem à denominação Morro do Gritador. Um jovem, que corria em perseguição a uma rês, teria sofrido um acidente e caído no abismo, arrastado pelo laço com que prendera o animal. Ao cair, soltara um grande grito, que reverberara nas pedras, através de sucessivos e amplificados ecos. Sugeri ao poeta uma outra versão, pela qual os gritos eram do pai, desesperado, à procurara do filho perdido. Isso me fez lembrar um poema de Mário de Andrade, sobre a Serra do Rola-Moça, cujos versos finais transcrevo:  

Ai, Fortuna inviolável!

O casco pisara em falso.

Dão noiva e cavalo um salto

Precipitados no abismo.

Nem o baque se escutou.

Faz um silêncio de morte,

Na altura tudo era paz …

Chicoteado o seu cavalo,

No vão do despenhadeiro

O noivo se despenhou.

E a Serra do Rola-Moça

Rola-Moça se chamou.

Após, retornamos à cidade para conhecer ou rever as vetustas casas, em estilo colonial, da Praça da Matriz, em que se encontra um belo busto de Dom Pedro II, que declarou, que, se não fosse imperador, gostaria de ser professor. Exerceu com dignidade as atribuições (e consequentes atribulações) de seu cargo. Também vimos na sala de reunião da prefeitura um grande e esplêndido quadro, em que esse soberano foi retratado em perfeito trabalho de pintura. Infelizmente, não se sabe ao certo quem o pintou. Acredita-se tenha sido uma freira, professora de arte, do Colégio Sagrado Coração de Jesus, de Teresina, há cerca de 100 anos, que por modéstia não lhe teria aposto sua assinatura.

Ao atravessarmos a praça, o poeta Getirana nos avisou que no próximo ano pretende fazer um evento em seu espaço cultural Cruviana. Disse-lhe que desejava isso acontecesse numa noite enluarada, de forte cruviana, para que eu pudesse tomar uma generosa talagada da calibrina artesanal Cruviana, tendo como tira-gosto uma saborosa curvina.

A Jaqueline Nobre nos informou que iríamos ver as famosas redes, do artesanato local. Adverti que, já cansado da maratona, iria apenas me deitar numa rede, para melhor olhar minhas “redes sociais”. Ao chegarmos ao mercado, optei por ir tomar umas duas cervejas na boa e erudita companhia do confrade e amigo Carlos Evandro, no andar de cima, bem ventilado, que funciona como uma praça de alimentação. Visitamos também uma oficina e loja, em que as opalas eram lapidadas e transformadas em joias, onde ouvimos explicações sobre as minas, a extração das pedras e esse trabalho artesanal.  

Ao passarmos por uma floricultura, o amigo Fonseca Neto apontou para uma linda planta, com lindas flores roxas, quase esmaltadas, que disse ser um getirana. Não pude deixar de me lembrar do poeta, que ostenta esse florido nome. Também, por causa da cor dessas flores, me lembrei de um outro bardo que, já idoso, talvez nostálgico de sua mocidade, escrevera estes versos, acaso queixoso dos vívidos tempos idos e vividos:

E a saudade,

Que dizem ser roxa,

Ó como é bom lembrar

Um belo palmo de coxa.

Após deixar o local das redes e das rendas, eu disse para um grupo de amigos, que a uma “redeira”, que apenas poderia me enredar, eu preferiria uma “rendeira”, que tem renda, como o nome indica, embora pudesse ficar preso nos labirintos dos bilros e almofadas. Sorrimos, e voltamos ao hotel, para almoçarmos e retornarmos a Teresina. Antes, porém, vi o Des. Oton Lustosa com duas garrafas. Ao cumprimentá-lo, ele me disse que se tratava da cachaça artesanal Cruviana. Como eu lamentasse não a ter comprado, ele, gentilmente, me ofertou um dos frascos; disse-lhe que só a beberia quando fizesse uma forte cruviana em Teresina, quando a degustaria com um tira-gosto de curvina. Ele me informou que curvina, hoje, só as há, quiçá, na lagoa de Parnaguá.  

Fizemos uma boa e rápida viagem de retorno, sem nenhum incidente e acidente, ao menos dignos de nota, de modo que este escrivão dá por encerrado este breve relato.   

(*) Poeta e titular da Cadeira 10 da APL.

APL realiza panegírico de Celso Barros no sábado

O panegírico do advogado, professor e acadêmico Celso Barros Coelho será realizado pela Academia Piauiense de Letras no próximo sábado (18/11).

A Sessão da Saudade será realizada no auditório da Nova ESA (Escola Superior da Advocacia), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Piauí (Rua Tibério Nunes, S/N, bairro Cabral), a partir das 10 horas.

O orador oficial da cerimônia será o acadêmico Oton Lustosa.

O homenageado

Celso Barros Coelho ocupava a Cadeira 39 da APL e faleceu em 10 de julho passado, aos 101 anos de idade.

Ele foi advogado, professor e escritor. Presidiu a secional piauiense da OAB e a Academia Piauiense de Letras.

Foi também político, tendo exercido os mandatos de deputado estadual (cassado pelo regime militar de 1964) e de deputado federal.

O que vai cair sobre Literatura Piauiense no concurso da Assembleia

O povoamento pré-colonial do Piauí; vestígios arqueológicos e sítios históricos; formação dos povoados e vilas; manifestações culturais e desenvolvimento contemporâneo são aspectos da História do Piauí que constam do programa do concurso da Assembleia Legislativa, ora em andamento.

Na parte de Geografia, os candidatos deverão ter conhecimentos de questões como divisa com outros estados; principais tipos de clima; tipos de vegetação predominante; recursos hídricos; relevo e população, entre outros.

Conforme ainda o edital do concurso, sobre Literatura Piauiense, os candidatos deverão conhecer autores e obras de destaque no romance, contos e crônicas; na Literatura de Cordel e no Jornalismo Literário.

Também deverão se posicionar sobre como a Literatura Piauiense reflete a identidade e a diversidade cultural do Estado e sua importância na preservação e divulgação da cultura piauiense, entre outros aspectos.

Literatura Piauiense nos concursos

Com a exigência desses conteúdos, a Assembleia Legislativa atende pedido da Academia Piauiense de Letras, em cumprimento da Lei nº 7.323/2019, de autoria do deputado Evaldo Gomes.

Esta lei dispõe sobre a obrigatoriedade de questões de questões de conhecimentos regionais nas provas de concurso público promovido no Piauí.

As inscrições para o concurso da Assembleia Legislativa foram prorrogadas para o dia 6 de dezembro próximo. São ofertadas 200 vagas para níveis superior e médio e salário de até R$ 4 mil.

Veja o programa de Literatura, História e Geografia do Piauí:

Pedro II abre programa de visitas da APL ao Norte do Piauí

A instalação da Academia Piauiense de Letras (APL) no município de Pedro II – a 210 quilômetros de Teresina – marcou a primeira visita oficial da instituição ao Norte do Piauí.

Através do projeto “APL Itinerante”, a Academia já se instalou este ano nos municípios de São Raimundo Nonato, berço do homem americano; Oeiras, Primeira Capital, e Floriano, Princesa do Sul do Piauí.

O projeto tem o objetivo de promover o intercâmbio da APL com os polos de cultura do interior do Piauí.

A Sessão Solene de instalação da APL na cidade de Pedro II foi realizada conjuntamente com a Academia Pedro-Segundense de Letras e Artes (APLA), na noite de sexta-feira (10/11), no auditório do Memorial Tertuliano Brandão Filho, sob a presidência do acadêmico Zózimo Tavares.

O evento foi aberto com a exibição do filme “Sonho que saiu do papel”, sobre a história da Academia Piauiense de Letras. O documentário, produzido pelo documentarista Luciano Klaus, foi lançado em 2021.

A professora e acadêmica Socorro Rios Magalhães proferiu palestra em torno do tema “Literatura Piauiense: Formação do Sistema Literário Estadual”.

Recepção

O discurso de recepção da Academia foi pronunciado pelo acadêmico e deputado Wilson Brandão, que fez um breve relato sobre a história do município.

Ele destacou também a contribuição de Pedro II para a Literatura Piauiense, mencionando, entre outros, o professor Wilson de Andrade Brandão, seu pai e ex-presidente da APL.

A prefeita Elisabete Brandão também se pronunciou dando as boas-vindas à comitiva da Academia.

O presidente da APLA, Pedro Barros, falou sobre o trabalho cultural da instituição e a alegria de receber a Academia Piauiense de Letras.

O presidente da Academia de Letras da Magistratura Piauiense, Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho, também membro da APLA, destacou a importância da presença da APL em Pedro II.

À Mesa de Honra estiveram presentes ainda o presidente da Câmara Municipal de Pedro II, Carlos José de Oliveira Santos, e o vice-reitor da Universidade Federal do Piauí, Viriato Campelo, que representou o reitor Gildásio Guedes.

Presenças

Além do presidente Zózimo Tavares, estiveram presentes ao evento os acadêmicos Carlos Evandro, Elmar Carvalho, Felipe Mendes, Fides Angélica (secretária geral), Fonseca Neto (1º secretário), Itamar Costa, Jonathas Nunes, Luiz Ayrton Santos Júnior, Nelson Nery Costa (ex-presidente e atual presidente do Conselho Estadual de Cultura), Oton Lustosa, Plínio da Silva Macêdo, Reginaldo Miranda (ex-presidente), Socorro Rios Magalhães e Wilson Brandão.

O Núcleo Feminino da APL se fez presente através das acadêmicas Fides Angélica e Socorro Rios Magalhães e de Elisabete Brandão, Dirce Fonseca, Edilane Arêa Leão Costa, Fátima Carvalho, Lavínia Brandão, Máira Nunes, Regina Tavares e Rita Martins Eulálio.

Convidados

A professora Márcia Evelin, escritora de literatura infantil; o professor Tadeu Queiroz; o teatrólogo Ací Campelo e a professora Raimunda Celestina, da Universidade Estadual do Piauí, integraram a comitiva da APL como convidados especiais.

A sessão solene da APL/APLA foi transmitida ao vivo pelo canal da Academia Piauiense de Letras no YouTube. Veja aqui:

Transmissão da Sessão Solene da APL/APLA em Pedro II.

Imagens: Jairo Moura/APL

Assembleia prorroga inscrição de seu concurso

As inscrições para o concurso da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) foram prorrogadas para o dia 6 de dezembro próximo. São ofertadas 200 vagas para níveis superior e médio e salário de até R$ 4 mil.

As inscrições podem ser feitas no site da organizadora do certamente, a Idecan.

A taxa de inscrição é de R$ 100 para cargos de nível médio/técnico e R$ 130 para cargos de nível superior.

Apesar da prorrogação, as datas das aplicações das provas objetivas e discursivas foram mantidas para o dia 14 de janeiro.

As provas discursivas serão para cargos de nível superior. Elas serão constituídas de duas questões a respeito de tema constante do conteúdo programático de conhecimentos específicos.

De forma inovadora, o concurso vai cobrar conhecimentos de Literatura, História e Geografia do Piauí.

O concurso público terá ainda avaliação de títulos, que será de caráter classificatório.

Pedro II recebe a APL nesta sexta-feira

“Literatura Piauiense: formação do sistema literário estadual” é o tema da palestra que a professora e acadêmica Socorro Rios Magalhães profere, hoje (10/11), na Sessão Solene de instalação da Academia Piauiense de Letras em Pedro II.

A sessão será realizada conjuntamente com a Academia Pedro-Segundense de Letras e Artes (APLA), no Memorial Tertuliano Brandão Filho, a partir das 19h.

O presidente da Academia Piauiense de Letras, Zózimo Tavares, informou que, com a visita a Pedro II, será cumprida mais uma etapa do projeto “APL Itinerante”, que leva a Academia aos municípios.

Após a Sessão Solene no Memorial Tertuliano Brandão Filho haverá sarau lítero-cultural na residência do acadêmico Wilson Brandão, com a participação de artistas locais.

Os acadêmicos e convidados farão um tour pelos pontos turísticos de Pedro II na manhã deste sábado, encerrando a visita ao município.

A palestrante

A acadêmica Socorro Rios Magalhães, palestrante de hoje em Pedro II, ocupa a Cadeira 6 da Academia Piauiense de Letras.

Ela graduou-se em Letras pela Universidade Federal do Piauí, em 1977. Cursou mestrado em Letras, área de concentração em Teoria da Literatura, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado também em Letras pela mesma instituição em 1997.

Sua tese de doutorado tem o título de Horizonte de leitura e crítica literária: a recepção da literatura piauiense no período de 1900 a 1930.

No magistério

Na Universidade Federal do Piauí, foi professora do Curso de Letras e docente do Mestrado em Educação e ainda colaboradora do Mestrado em Letras.

Exerceu várias funções e ocupou diversos cargos na área de educação e cultura, tais como professora de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental e Ensino Médio, em instituições como: Colégio São Francisco de Sales – Diocesano; Liceu Piauiense e Instituto de Educação, e de chefe do Departamento de Letras da Universidade Federal do Piauí, Coordenadora Operacional do Curso de Mestrado Interinstitucional em Letras da Universidade Federal do Piauí em convênio com a PUC do Rio Grande do Sul, secretária adjunta de Educação do Município de Teresina e membro do Conselho Municipal de Cultura de Teresina.

Obras

Publicou vários livros na área de estudos literários, como Literatura Piauiensehorizontes de leitura e crítica literáriaVem comigo, leitor: a pedagogia de leitura em Quincas FAFI BorbaUm manicacaromance- manifesto do positivismo no Piauí; O curso de Letras da UFPIum fio da FAFI.

Tem também artigos publicados em várias revistas científicas do Piauí e de outros Estados: Clodoaldo Freitas: um romance inacabado?Lima Barreto e os piauienses do seu tempoO papel do intelectual e a condição feminina em Um manicacade Abdias NevesLiteratura piauiense: a formação de leitores e a emergência da crítica. BrasilA lenda do Cabeça de Cuia: estrutura narrativa e formação dos sentidos, entre outros.

É professora da Universidade Estadual do Piauí, onde atuou no Programa de Mestrado em Letras e no Núcleo de Educação à Distância como coordenadora de Produção de Materiais Didáticos.

Acadêmico lança livro sobre Literatura de Barras

O advogado, professor e acadêmico Nelson Nery Costa lançou, nesta quinta-feira (9/11) o livro “A literatura de Barras de Marataoan: a escrita dos filhos de Barras e de seus descendentes”.

A obra foi apresentada pelo escritor, professor e acadêmico Dilson Lages Monteiro, autor do prefácio.

O lançamento foi realizado no final da tarde, na Câmara Municipal de Barras, com transmissão pelo seu canal no Facebook.

O ato contou com a presença de membros da Academia Piauiense de Letras (APL), da Academia de Letras do Vale do Longá (ALVAL), vereadores, professores, estudantes, escritores barrenses e outros convidados.

Os presidentes da APL, Zózimo Tavares; da ALVAL, Viriato Campelo, e da Câmara Municipal de Barras, vereadora Jovelina Furtado, discursaram destacando a importância da obra e a contribuição de seu autor para a cultura.

Também estiveram presentes a diretora do Hospital Leônidas Melo, Celene Fontenele; o professor Raimundo Dutra, ex-presidente da ALVAL e ouvidor geral do Estado; o vereador Antônio José; o presidente da subseção da OAB em Barras, Kerlon Feitosa; o poeta e acadêmico Elmar Carvalho, alunos e professores dos Colégios Olga Fernandes e Praticus, de Barras.

Nelson Nery é escritor com várias obras publicadas nos campos jurídico e da ficção. Presidiu a Academia Piauiense de Letras. É presidente do Conselho Estadual de Cultura. Tem estreitas ligações com Barras. Seu avô Gervásio Costa foi prefeito do município duas vezes.

(Com imagens do portal   www.ibarras24horas.com.br)

APL instala-se em Pedro II sexta e sábado

A Academia Piauiense de Letras se instala nesta sexta-feira (10/11) no município de Pedro II, a Capital da Opala, a 208 quilômetros de Teresina.

A APL cumprirá uma programação cultural conjunta com a Academia Pedro-Segundense de Letras (APLA) e a Prefeitura Municipal de Pedro II.

O programa será aberto às 19h30, com Sessão Solene, no Memorial Tertuliano Brandão Filho, no Centro da cidade, seguida de sarau lítero-musical, na residência do acadêmico Wilson Brandão.

A agenda tem prosseguimento na manhã de sábado com tour dos acadêmicos e convidados pelos principais pontos turísticos de Pedro II, também chamada de “Suíça Piauiense”, pela sua temperatura amena.

APL Itinerante

A instalação da Academia Piauiense de Letras em Pedro II, durante dois dias, dá prosseguimento ao “Projeto APL Itinerante”.

Segundo o presidente da instituição, Zózimo Tavares, a iniciativa tem o objetivo de estreitar o relacionamento da APL com os polos de cultura do interior do Piauí.

O projeto já levou a Academia, incorporada, aos municípios de São Raimundo Nonato, Oeiras e Floriano.

Memorial

O Memorial Tertuliano Brandão Filho, onde a APL vai se instalar oficialmente, é um prédio histórico da cidade tombado em 1992.

A edificação, da década de 20, está localizada no Centro de Pedro II. Possui linhas neoclássicas marcantes, onde pode-se constatar a utilização de platibandas e ricas balaustradas em ferro trabalhado.

O imóvel pertenceu à família do Deputado Milton Brandão (1916 – 1985), que, através de instrumento público de testamento, fez sua doação ao Patrimônio Cultural do Piauí, para ser utilizada como Memorial com o nome de seu pai.

A fim de concretizar esse objetivo, a Secretaria de Cultura do Estado promoveu a restauração do imóvel em 1987, visando resguardar as características originais de tal patrimônio arquitetônico.

Seu acervo é composto por 800 peças, sala da família, sala em memória do deputado Tertuliano Brandão, biblioteca com 988 volumes, auditório e lojas de artesanato.

Ensino de Literatura Piauiense chega às escolas

O ensino de Literatura Piauiense foi o tema da entrevista do presidente da Academia Piauiense de Letras, Zózimo Tavares, ao programa “Feito em casa”, apresentado pelo professor Cineas Santos na TV Assembleia.

O presidente da APL falou da campanha da Academia para fazer valer a Constituição do Piauí e outros dispositivos legais que determinam a adoção da disciplina de Literatura Piauiense nas escolas públicas e privadas de todo o Estado.

Ele disse que alguns avanços significativos ocorreram ultimamente, como o retorno do Instituto Federal de Educação do Piauí (IFPI) ao vestibular tradicional e a cobrança de conhecimentos regionais nas provas de acesso à instituição.

Também citou o caso da Assembleia Legislativa, que está cobrando conteúdos de literatura, história e geografia do Piauí em seu concurso, como determina lei estadual de 2019, de autoria do deputado Evaldo Gomes.

O presidente da APL afirmou que outros passos ainda precisam ser dados no sentido de tornar o ensino de Literatura Piauiense uma rotina nas escolas de todo o Estado.

O programa “Feito em casa” foi exibido no sábado passado e reprisado no domingo.

Veja a entrevista aqui:

(Imagens: TV Assembleia/Feito em Casa)

Acadêmico lança novo livro sobre Mário Faustino

O professor e acadêmico Carlos Evandro Eulálio lançou ontem (04/10), à noite, o livro Mário Faustino e os arigós do Piauí e outros escritos.
O lançamento ocorreu na Entrelivros e foi prestigiado por acadêmicos, parentes do autor, amigos, colegas e outros convidados.
O novo livro de Carlos Evandro, como explica o autor, constitui o primeiro de uma série com artigos publicados na coluna Ensaio & Crítica, do portal Entretextos, editado pelo professor e acadêmico Dilson Lages.
O professor Carlos Evandro é um estudioso da obra do poeta Mário Faustino, patrono da Cadeira 40 da Academia Piauiense de Letras, ocupada pela professora Fides Angélica, atual secretária geral da instituição.
Ele já publicou sobre o poeta, entre outras obras, Mário Faustino Revisitado, editado em 2019 pela APL.
Na apresentação de seu novo livro, o professor Reginaldo Brandão observou que ele traz parte da correspondência entre Mário Faustino e seu amigo Benedito Nunes, intelectual paraense e estudioso da obra do poeta.
Mário Faustino nasceu em Teresina, estudou em Belém do Pará e viveu no Rio de Janeiro, tendo falecido em acidente aéreo, no Peru, em 1962, com apenas 32 anos de idade.

APL convoca eleição para nova Diretoria

A Academia Piauiense de Letras (APL) publicou hoje (01/11), em seu site, o edital convocando eleição na forma regimental para renovação da Diretoria da instituição, com mandato no biênio 2024 a 2026.

A Diretoria da APL é composta por seis cargos: Presidente, Vice-presidente, Secretário-Geral, 1º Secretário, 2º Secretário e Tesoureiro.

Conforme o edital, as inscrições vão até 30 de novembro e a eleição será realizada em 16 de dezembro próximo.

Veja o edital: