Belém reúne Academias Estaduais de Letras em Congresso

“Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente” é o tema central do II Congresso Brasileiro das Academias Estaduais de Letras, que se realiza em Belém.

A abertura oficial do evento foi feita no auditório da Assembleia Legislativa do Pará pelo coordenador do Fórum Nacional das Academias Estaduais de Letras, Henrique de Medeiros.

As boas-vindas foram dadas pelo presidente da Academia Paraense de Letras, Ivanildo Alves, que também discorreu sobre os objetivos do Congresso.

O historiador e acadêmico Arno Wheling apresentou a mensagem da Academia Brasileira aos participantes do evento e destacou a importância da integração das Academias Estaduais de Letras.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Chicão, também se pronunciou, bem como a reitora da Universidade da Amazônia, Betânia Fidalgo.

O concertista Salomão Habib, membro da Academia Paraense de Letras, apresentou um número musical e houve declamação de poemas por três representantes de academias estaduais.

COP 30

As atividades são realizadas na sede da Academia Paraense de Letras, no centro histórico de Belém, que sedia no próximo ano a COP 30 – Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.

O evento será encerrado com a redação e lançamento da “Carta de Belém e da Amazônia”.

A Academia Piauiense de Letras é representada no evento pelo acadêmico Zózimo Tavares.

Imagens: Celso Lobo (AID/ALEPA)

Abertura do Congresso das Academias Estaduais de Letras, em Belém.

Presidente da Assembleia Legislativa do Pará, deputado Chicão, faz uso da palavra.

Presidente da Academia Paraense de Letras, Ivanildo Alves.

Professor Arno Wheling, da Academia Brasileira de Letras.

Apresentação do concertista e acadêmico Salomão Habib.

Zózimo Tavares com o historiador Arno Wheling, da Academia Brasileira de Letras.

Fonseca Neto recebe a Medalha do Mérito Legislativo na Assembleia Legislativa

A Assembleia Legislativa vai outorgar ao acadêmico e vice-presidente da Academia Piauiense de Letras, professor de História da Universidade Federal do Piauí, Antônio Fonseca dos Santos Neto, em sessão solene que acontece na segunda-feira (12), às 9h, no Plenário Waldemar Macedo, a Medalha do Mérito Legislativo.

A homenagem foi proposta pelo deputado estadual Dr. Gil Carlos – e aprovada por unanimidade em Plenário – pelos relevantes serviços prestados ao Piauí por Fonseca Neto. 

A honraria é entregue às pessoas que se destacam nas atividades de interesse geral do Estado e tenham se tornado dignas de reconhecimento do Poder Legislativo do Estado.

SOBRE O HOMENAGEADO– Além de acadêmico, ocupante da cadeira número 1 da APL e das Academias de Letras de Pastos Bons e de Passagem Franca, é presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Piauí.

159 anos do imortal Areolino de Abreu

Nascia em Teresina, no dia 8 de agosto de 1865, há 159 anos, Areolino Antônio de Abreu, intelectual e ocupante da cadeira n° 5, da Academia Piauiense de Letras.

Areolino de Abreu foi governador do Piauí, médico, político, jornalista, escritor, fundador do Asilo dos Alienados, conhecido pelo povo como “Asilo dos Doidos”, posteriormente foi denominado “Hospital Psiquiátrico Areolino de Abreu”.

Foi deputado provincial e vice-governador do Estado do Piauí. Presidiu o Tribunal de Contas do Estado do Piauí. Atuou como membro do Conselho de Intendência de Teresina, em duas legislaturas. Na última, presidiu a edilidade teresinense.

O acadêmico Oton Lustosa ressaltou a importância de Areolino de Abreu.

“É uma honra ter Areolino de Abreu como patrono da cadeira que ocupo, a nº 5. Médico psiquiatra do mais refinado zelo e de fulgurante visão do futuro. Valeu-se da política partidária para laborar em prol do povo, da saúde do povo. Fez-se deputado, vice-governador e governador do Estado. Fundou o Asilo dos Alienados de Teresina que anos mais tarde veio a se transformar no atual Hospital Psiquiátrico “Areolino de Abreu”. Jornalista e escritor. Enfim, um grande piauiense! Por isso, com muita justiça e com muita honra, regozija-se a Academia Piauiense de Letras em ter Areolino Antônio de Abreu entre os seus imortais”.

Há 164 anos, nascia Amélia Beviláqua, primeira mulher a se candidatar à ABL

Nascida em Jerumenha, região ao Sul do Piauí, há exatos 164 anos, Amélia Carolina de Freitas Beviláqua, primeira ocupante da cadeira nº 23, da Academia Piauiense de Letras, foi a primeira mulher a se candidatar a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1930.

Amélia Beviláqua, embora não tendo sido aceita, por não corresponder ao regimento, que indicava a candidatura de escritores homens, marcou época com seu pioneirismo feminino, sua inteligência perspicaz e diferenciada. Enfrentou estereótipos, rompeu barreiras e lutou contra a invisibilidade da mulher.

A escritora nasceu em 7 de agosto de 1860, mas deixou a terra natal para morar em São Luís (MA) ainda na infância, depois muda-se para Recife e mais adiante para o Rio de Janeiro (local do seu falecimento que se deu no dia 17 de novembro de 1946).

Advogada, contista, poeta, crítica literária, ensaísta e jornalista, teve diversos textos publicados em jornais do país. Foi uma das criadoras e redatora-chefe da revista O Lyrio, de Recife, em 1902, escrita somente por mulheres e que contava com crônicas, contos e comentários literários.

Casou-se com o jurisconsulto Clóvis Bevilácqua, autor do Código Civil Brasileiro, no ano de 1883. Parceiro e companheiro intelectual, que sempre a apoiou em sua jornada acadêmica e profissional.

Entre os romances da acadêmica estão: Alcyone (1902), Aspectos (1906), Instrução e Educação da Infância (1906), Através da Vida (1906), Silhouettes (1906), Literatura e Direito (1907), Vesta (1908), Angústia (1913), Açucena (1921), Jeannette (1923), Impressões (1929), A Academia Brasileira de Letras e Amélia de Freitas Beviláqua (1930), Flor do Orfanato (1931), Divagações (1931), Recordação do dia 7 de Agosto (1933) e Alma Universal (1935).

Amélia Beviláqua e sua história na luta pelos direitos das mulheres foi destacada em textos de escritores como Lucídio Freitas, Mathias Olimpyo, João Pinheiro, Herculano Moraes e Monsenhor Chaves.

Amélia Beviláqua e Clóvis Beviláqua

500 anos de Camões são celebrados na APL

A Academia Piauiense de Letras em conjunto com a Confraria Camões, comemorou, sábado (3), às 10h, os 500 anos do poeta português Luiz Vaz de Camões.

A solenidade celebrou o Camões Humano, com foco na história do homem, o soldado, o navegante e o poeta, além dos 810 anos do Testamento de D. Afonso II (27/06/1214), o mais antigo texto em Língua Portuguesa, como a Certidão de Nascimento do Português.

O vice-presidente, em exercício da presidência da Academia Piauiense de Letras, Fonseca Neto e o presidente da Confraria Camões, Nílson Ferreira, abriram a sessão, celebraram o momento e a importância de se homenagear uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos grandes poetas da tradição ocidental.

Nilson Ferreira falou sobre o tema “500 Camões – Luiz, Lenda & Legado”.

Na solenidade, a professora Osalda Pessoa, da Academia de Letras de Alto Longá, leu poemas do poeta épico.

O cientista político e professor doutor, Ricardo Arraes, entregou um certificado à Academia, representando a Confraria Camões e o Observatório da Língua Portuguesa (Lisboa-Portugal), agradecendo pela parceria no Tributo a Camões.

Na solenidade aconteceu também o lançamento da publicação do “Cancioneiro para Camões”, que visa homenagear Luís de Camões com o maior repertório de poemas de autores diversos, de países lusófonos diversos, e lançar luz sobre a vida e a produção literária de Camões, com o estímulo à leitura de sua obra, preservando sua memória e oportunizando que novos leitores se maravilhem com a riqueza e a beleza de seus textos, tornando-se assim amantes da literatura camoniana.

De acordo com Nilson Ferreira, nesta 2a. edição, são 40 poetas e 60 poemas dedicados ao Vate lusitano, difundindo o amor e o reconhecimento da genialidade de Camões, e serão distribuídos gratuitamente a estudantes da rede pública e a bibliotecas públicas e comunitárias, ou seja, esta publicação não tem fins lucrativos.

CONFRARIA CAMÕES – Fundada em 2017, pelo professor e escritor Nilson Ferreira, a Confraria Camões é uma entidade cultural e tem a finalidade precípua de reunir amigos para compartilhar conhecimentos e opiniões e vivências e afinidades culturais e intelectuais; e difundir e valorizar e salvaguardar a língua portuguesa e a literatura lusófona, especialmente a produzida no Piauí. Sua composição inicial foi de 7 membros fundadores (hoje, conta com 14 marujos), regida pela Carta de Navegação Literária. A celebração do dia 10 junho é o evento máximo, anual, o Tributo a Camões, além do Café com Camões (mensal), Expedições Literárias (semestrais), as publicações Cancioneiro para Camões, Rosa dos Ventos e Camones, e o Projeto V.A.L.E.R! (fomento de criação de salas de leitura comunitárias a partir de doações de livros). A Comenda Mérito Literário Pe. Raimundo José Airemoraes agracia anualmente personalidades que tenham relação com o livro. Em 2022, a Confraria Camões assinou o Protocolo de Cooperação com o Observatório da Língua Portuguesa (OLP, Lisboa-Portugal).