APL lança obra histórica de Bernardo Sá

O livro Cartografias do Prazer: corpo, boemia e prostituição em Teresina (1930 -1970), de autoria de Bernardo Pereira de Sá Filho, foi lançado sábado (14), às 10h, na Academia Piauiense de Letras. A obra foi apresentada pelo acadêmico Fonseca Neto.

Bernardo Sá falou sobre o sentimento em lançar o seu livro na Academia Piauiense de Letras.

“A academia é a instituição mais representativa da produção literária e também historiográfica do nosso estado. É a instituição primeira, centenária, então é orgulho para qualquer escritor lançar uma obra nesta casa de tantos escritores e historiadores como Monsenhor Chaves, Higino Cunha e muita gente importante, como os atuais também. Eu me sinto muito honrado em estar lançando meu segundo livro neste lugar tão especial”, enfatizou.

O evento foi prestigiado por acadêmicos, autoridades, intelectuais, historiadores, amigos e familiares do escritor.

A publicação analisa a boemia e a prostituição em Teresina, dos anos 1930 a 1970, período em que se intensifica o processo de urbanização, com algumas políticas públicas voltadas para a modernização.

Sobre o autor – Bernardo Pereira de Sá Filho é natural de Esperantina (PI). Graduado e mestre em História pela Universidade Federal do Piauí. Doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco. Especialista em História do Brasil (PUC-MG); Especialista em História do Piauí (UFPI). Professor do Departamento de História, da UFPI. Coautor dos livros Tribunal de Contas do Piauí: narrativas sobre uma História Centenária (1899 – 2022), Cidades Brasileiras, História em Poliedros, História de Vário Feitio e Circunstância e Apontamentos para uma História Cultural do Piauí.

137 anos de Zito Baptista

Raimundo Zito Baptista, cadeira 16 da Academia Piauiense de Letras, nasceu no povoado Natal, hoje município de Monsenhor Gil/Piauí, em 16 de setembro de 1887. Adolescente, foi para Teresina com o irmão Jônathas Batista (1885 -1935), que depois se revelaria teatrólogo.

Escreveu poesias desde moço. Mais sonhador ou romântico que o irmão, Zito entregou-se de corpo e alma ao poder embriagante da poesia.

Por essa época, em Teresina, uma mocidade sonhadora dominava a cidade. Poesias, crônicas, cartas amorosas e os acontecimentos sociais que pudessem trazer alegrias ou tristezas ao meio eram traduzidos em versos por jovens poetas que se iniciavam em literatura.

Autodidata, jornalista e poeta, fundou as revistas Cidade verde e Alvorada, sendo diretor da Imprensa Oficial do Piauí.

Estreou na poesia em 1909, com a coletânea Almas irmãs, em parceria com Celso Pinheiro e Antônio Chaves, sendo o responsável pela parte intitulada Pedaços do coração.

Depois publicou Chama extinta, 1918 e Harmonia dolorosa, 1924, obras poéticas bem aceitas pela crítica brasileira, merecendo inclusive elogios por parte de Olavo Bilac e Afonso Celso.

Faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de outubro de 1926.