A Academia Piauiense de Letras (APL) deu mais um passo decisivo em sua missão de preservar e democratizar o acesso ao patrimônio literário e intelectual do Piauí.
Em visita institucional realizada nesta quinta-feira (24), às 10h, ao Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI), a presidente da APL, Fides Angélica Ommati, acompanhada dos acadêmicos Elmar Carvalho e Plínio Macedo, foi recebida pelo presidente do TJ, desembargador Aderson Nogueira, para tratar da celebração de um convênio que viabiliza a criação de um espaço adequado para a biblioteca da instituição.
O encontro marcou um momento histórico para a APL, que há anos enfrenta limitações quanto ao acesso público ao seu acervo bibliográfico. Sem uma estrutura apropriada para recepção de leitores e pesquisadores, a biblioteca da Academia permanecia restrita ao seu espaço físico atual, que carece de condições para abrigar e expor adequadamente as obras.
De acordo com a presidente da APL, a resposta do Tribunal foi generosa e surpreendente: “Recebemos mais do que solicitamos. Além de nos ceder um espaço físico adequado, o Tribunal de Justiça também nos disponibilizou todo o mobiliário necessário para a instalação da nova biblioteca. É um gesto de reconhecimento da importância da literatura e da memória cultural do nosso Estado.”
Em tom emocionado, Fides Angélica reforçou o sentido mais profundo da iniciativa: “Um livro fechado, guardado sem acesso, é como uma porta trancada para o saber. O que é um livro sem o leitor? A ideia é justamente essa: abrir caminhos, permitir o encontro entre o conhecimento e o público.”
O desembargador Aderson Nogueira destacou o compromisso do Poder Judiciário com a promoção da cultura e da educação, reforçando que a parceria com a Academia é uma forma de fortalecer o legado histórico e literário do Piauí.