A Academia Piauiense de Letras (APL) recebeu, na manhã desta segunda-feira (14), a visita de 21 alunos da 2ª série do Ensino Médio do Centro Estadual de Tempo Integral – CETI Maria Melo. Acompanhados da professora Patrícia Raquel Franco Martins, os estudantes foram recepcionados pelos acadêmicos Carlos Evandro Eulálio, Socorro Rios Magalhães e Elmar Carvalho.

A visita teve como foco o estudo da vida e da obra do poeta piauiense H. Dobal, que ocupa lugar de destaque no currículo da turma. O momento foi enriquecido por uma fala do acadêmico e secretário-geral da APL, Elmar Carvalho, atual ocupante da cadeira nº 10 — a mesma que, em tempos passados, foi ocupada por H. Dobal.

“Não tenho a pretensão de estar substituindo H. Dobal. Sou apenas seu sucessor na cadeira 10 de nossa APL. H. Dobal escreveu poemas admiráveis sobre as coisas e a paisagem piauiense, bem como sobre outros locais onde ele esteve”, afirmou Elmar, ao compartilhar aspectos da trajetória biográfica e literária do poeta.

Como forma de incentivo à leitura e valorização da literatura local, a APL presenteou os estudantes com exemplares do livro Histórias em Quadrinhos da Academia Piauiense de Letras e entregou um kit com obras de autores piauienses à biblioteca da escola.

A visita reforça o compromisso da APL com a formação de jovens leitores e com a preservação da memória literária do Piauí, promovendo o diálogo entre gerações por meio da palavra.

Quem foi H. Dobal?
Hindemburgo Dobal Teixeira (1927–2008), conhecido literariamente como H. Dobal, foi um dos mais destacados poetas do Piauí. Formado em Direito, atuou como auditor fiscal do Ministério da Fazenda, exercendo suas funções no Rio de Janeiro e em Brasília. Viveu também em Londres e Berlim, experiências que enriqueceram sua visão de mundo e sua sensibilidade literária.

Sua poesia é marcada pela contemplação da paisagem piauiense, pelas memórias afetivas e por um lirismo contido e refinado. Entre suas principais obras estão O Tempo Consequente, A Cidade Substituída e A Lenda do Silêncio. Foi eleito para a cadeira nº 10 da Academia Piauiense de Letras, onde deixou um legado de profundo amor à palavra e à cultura do Piauí.