Há 164 anos, nascia Amélia Beviláqua, primeira mulher a se candidatar à ABL

Compartilhe o conteúdo!

Amélia Beviláqua, com seu pioneirismo feminino, contribuiu bastante para a Literatura e não recebeu o seu devido valor.
Amélia Beviláqua, com seu pioneirismo feminino, contribuiu bastante para a Literatura e não recebeu o seu devido valor.

Nascida em Jerumenha, região ao Sul do Piauí, há exatos 164 anos, Amélia Carolina de Freitas Beviláqua, primeira ocupante da cadeira nº 23, da Academia Piauiense de Letras, foi a primeira mulher a se candidatar a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1930.

Amélia Beviláqua, embora não tendo sido aceita, por não corresponder ao regimento, que indicava a candidatura de escritores homens, marcou época com seu pioneirismo feminino, sua inteligência perspicaz e diferenciada. Enfrentou estereótipos, rompeu barreiras e lutou contra a invisibilidade da mulher.

A escritora nasceu em 7 de agosto de 1860, mas deixou a terra natal para morar em São Luís (MA) ainda na infância, depois muda-se para Recife e mais adiante para o Rio de Janeiro (local do seu falecimento que se deu no dia 17 de novembro de 1946).

Advogada, contista, poeta, crítica literária, ensaísta e jornalista, teve diversos textos publicados em jornais do país. Foi uma das criadoras e redatora-chefe da revista O Lyrio, de Recife, em 1902, escrita somente por mulheres e que contava com crônicas, contos e comentários literários.

Casou-se com o jurisconsulto Clóvis Bevilácqua, autor do Código Civil Brasileiro, no ano de 1883. Parceiro e companheiro intelectual, que sempre a apoiou em sua jornada acadêmica e profissional.

Entre os romances da acadêmica estão: Alcyone (1902), Aspectos (1906), Instrução e Educação da Infância (1906), Através da Vida (1906), Silhouettes (1906), Literatura e Direito (1907), Vesta (1908), Angústia (1913), Açucena (1921), Jeannette (1923), Impressões (1929), A Academia Brasileira de Letras e Amélia de Freitas Beviláqua (1930), Flor do Orfanato (1931), Divagações (1931), Recordação do dia 7 de Agosto (1933) e Alma Universal (1935).

Amélia Beviláqua e sua história na luta pelos direitos das mulheres foi destacada em textos de escritores como Lucídio Freitas, Mathias Olimpyo, João Pinheiro, Herculano Moraes e Monsenhor Chaves.

Amélia Beviláqua e Clóvis Beviláqua